Especial Fantasia @amazon Livro 1. _____ #ficçãocientífica #Scifi #WagnerRMS https://www.instagram.com/p/B90kalBDIPP/?igshid=sjbuj8octhk2
A webserie Otherside , que expõe quão pode ser curta a distância entre mundos sombrios, visões extraordinárias e a nossa realidade, é mais um trabalho incrível do Diretor Flavio Langoni, da Produtora Livia Pinaud, de uma equipe de talentos geniais, e com a qual este autor tem o privilégio de contribuir. A série tem repercutido e ganho prêmios em festivais internacionais, e agora é a vez do Sicily Webfest [ https://www.tls.edu.pe/landing/concursos/SWA2019 ] Dááá-lhe Criativos Brasileiros 😆🇧🇷♥️👏🏼👏🏼👏🏼🎬🎥🎞📽❗❗❗
ATENÇÃO: Isto é um fanfiction, escrito para servir como crítica de cinema, e não como roteiro comercial, ou seja, sem fins lucrativos. Sugiro que se veja primeiro o filme, e depois se leia o fanfiction, ou melhor, o fansrev (acrônimo de Fan Screenplay Review, ou Revisão de Roteiro Por Um Fã) abaixo. _ Wagner RMS.
A missão International Space Committee - ISC - Aurora é um esforço internacional de exploração do Sistema Solar, e é composta por (a) veículo (sonda Aurora) que deveria executar sondagens e pesquisas por toda a área próxima a Marte, incluindo asteróides cruzadores da órbita do planeta vermelho; (b) três equipes de pouso, que deveriam se revesar por cerca de 24 meses, na construção de bases fixas na superfície de Marte, em suas luas e, se possível, em um dos asteróides visados, e explorar todos estes alvos. A transcrição de gravação abaixo, editada para sua conveniência, seria a versão final do que aconteceu com a equipe de pouso Aurora 2, em seus últimos dias na superfície de Marte antes de serem recolhidos pela sonda Aurora, conforme descrito por Vicente Campos, Oficial Comandante e Engenheiro de Sistemas da missão. A divulgação total ou parcial deste conteúdo é passível de prisão, multa e confisco de bens.
GRAVAÇÃO DE RAIO ZULU 7524 CONECTADO, INÍCIO DA TRANSMISSÃO.
Eu tenho cerca de quinze a trinta minutos.
(Um pouco de estática enquanto a antena se alinhava)
Vou resumir tudo. E torcer pro Aurora Lander não reentrar antes do fim.
(Silêncio)
Na verdade, eu não sei ao certo... Não sei ao certo por onde começo.
(Silêncio)
Sim, ah, merda, óbvio, ok... Vou morrer aqui, daí, desculpem, mas não dá pra ser muito delicado.
Então… Na verdade, a situação começou bem antes de nós, quando a primeira equipe de solo construiu e habitou a Base Tantalus. Imagino que já tenham entendido do que eu estou falando, Marko Young, o biólogo que desapareceu. Nenhum corpo, nenhum vestígio, os demônios de areia, essas tempestades que riscam Tantalus, elas enterraram os restos do azarado, depois de algum defeito no traje. Quem mandou andar sozinho? Mas o fato de o equipamento de perfuração e análise do cara ter ficado por lá, com o painel solar aberto, e emitindo de vez em quando dados e pings de localização, criou um clima meio sombrio, meio idiota entre nós, e surgiu o papo furado sobre ele ter encontrado algo… Bem, agora eu sei que é bem provável mesmo que o cara tenha encontrado algo. Lembro dele da Terra, nos treinamentos, texano, intragável, mas muito inteligente. Deve ter ido atrás de algo, sozinho. Vai ver para ficar somente para ele a glória da descoberta.
Encontrou e foi encontrado. O que o encontrou teve quase oito meses para, a bem da verdade, digerir e entender o cara. Digerir, espero, no sentido de metáfora.
Eu não posso me prolongar, então lá vai. Existe vida em Marte, e de algum modo ela é especializada em nós, ou é especializada em qualquer outra forma de vida, em estudar elas e sobreviver através delas, ficando especializada em nós por causa do Marko.
Vocês vão entender. Recebemos liberação para estudar a área onde Marko desapareceu, pela primeira vez em meses as tempestades ciclônicas deram um tempo, e alguém no Controle da Missão ficou curioso com a boataria em torno dos demônios de areia, e estava longe deles o suficiente para mandar os buchas de canhão aqui para averiguar.
Eu, Lane e Dalby fomos destacados por Brunel para resgatar o equipamento de Marko. Chegamos lá no Rover dois. Dalby ficou nele, enquanto eu e Lane… Deus, sinto falta de Lane… Eu e Lane subimos as rochas aplainadas e fomos triangulando, por triangulação unitária mesmo, já que mais uma vez os satélites estavam fora do ar, e, por sorte, depois de cerca de uma hora, encontramos os equipamentos do pobre astronauta perdido, estranhamente arrumados numa depressão, havendo lá, inclusive, um tablet que tinha sido meticulosamente desmontado. A noite estava caindo, e foi o pisca-pisca da luz da antena da sonda perfuratriz, na escuridão da fenda, o que nos atraiu e nos levou direto pra lá. O cabo de força serpenteava, para fora da depressão, e o painel solar estava ligado a ele, aberto e fixo no chão com estacas, os redemoinhos de areia só faziam limpar os painéis, sem arrancar, e era por isso que eles funcionaram sem parar. Comentei que aquilo não parecia o trabalho de um biólogo.
(Silêncio)
Estávamos há cerca de meia milha do Rover.
“Alguém está tentando entrar na câmara de compressão”, eu lembro até do tremor na voz dela. A base avisou que ninguém tinha nos seguido. Lane e eu corremos de volta. Dalby começou a entrar em pânico. Eu já estava gritando algo como “calma, Dalby, use o painel, trave a comporta!”, e ela dizendo “Eu travei! Quem é?! É algum tipo de pegadinha, Campos? Parem com isso! Estão me assustando! Eu travei, eu travei a comporta externa, mas quem tá aqui sabe o código de emergência!”, e ela começou a chorar e a gritar pedindo, depois implorando que parássemos com a brincadeira! Houve um barulho de descompressão, e nós, Lane e eu, tentamos correr mais rápido. Eu descobri no voo pra cá pra Marte como sou ruim para oxigenar artificialmente, daí então, correndo e berrando dentro de um traje pressurizado, meu CO2 atingiu o limite rapidamente, Lane continuou, disposta e ágil como sempre, mas eu tive que parar pra recuperar a porra do fôlego. Dalby já não gritava mais. Lane chegou lá primeiro, ela sempre foi a mais esforçada e rápida de nós todos.
(Silêncio)
Nunca mais encontramos Dalby, a nossa Dalby de doces olhos azuis.
(Silêncio. Vicente tosse)
Quanto consegui entrar no Rover, só Lane estava lá, parada.
Então ela apontou para o que ela tava olhando, e lembro que meu estômago revirou. Era o capacete de Dalby.
(Silêncio um pouco mais longo)
Procuramos por várias horas, aquela noite, até as baterias do Rover ficarem perigosamente baixas. Ninguém poderia ter certeza de que outra tempestade de areia não desabaria por ali. Mesmo assim pedimos permissão à Base Tantalus para ficarmos por lá. Estávamos em choque, ainda querendo que Dalby voltasse, de algum modo. Brunel fez bem em nos mandar de volta à base, estávamos nos pondo em perigo, e logo os ciclones de areia começaram a dançar por lá, na verdade em toda a região, seria um risco estúpido dormir no Rover.
A transmissão do Comandante para nós foi mais ou menos assim “quero que voltem antes de terem que esperar pelo sol para recarregar as baterias. Desculpa, gente, mas se não encontraram Dalby até agora, minha prioridade passa a ser a segurança de vocês dois” e mais ou menos aqui, nesta altura, houve interferência e uma voz diferente entrou na transmissão, dizendo algo tipo “tragam Aurora de volta”.
Foi apenas um instante, uma frase, mas gelou o sangue de todo mundo.
Lane brigou comigo, não aceitando, racionalizando aquilo, mas Brunel escutou, e tenho a impressão, pelo silêncio relutante dele, que o Comandante achou a mesma coisa que eu. Era a voz rouca e desleixada do texano que treinou com a gente na Terra. Brunel, depois de um tempo, achou que fosse vazamento da memória do diário de missão gravado. O sotaque interiorano e norte americano quase desaparecido, mas que merda, tenho certeza que era o Marko.
Nos reunimos com Brunel e os outros, na sala comum da Base Tantalus, pouco depois de nós chegarmos lá. Irwin tentou seus psicologismos em nós, Lane e eu. Eu estava muito nervoso, mas louco ainda não. Agora não sei, mas ali, naquele instante, eu tinha certeza que Irwin poderia ir se foder.
Contamos tudo de novo pro Brunel, pois viemos o caminho todo discutindo sobre o que aconteceu, e o Comandante orientou Harrington a solicitar instruções ao Controle da Missão, ou seja, vocês aí na Terra. Mal Harrington se sentou na console de comunicação, ele se virou para o sistema ao lado, aquela outra grande tela com as imagens das câmeras externas, chamando a gente para ver, tinha alguém lá fora, entre as rajadas de areia dava para ver alguém, o contorno muito confuso de um traje pressurizado. Um de nós, não lembro direito, talvez a Kim, que chegou por último à reunião, perguntou se não poderia ser a Dalby. Eu, que costumo ficar na minha, mandei calar a boca, Dalby tava morta. Kim Aldrich, mulher de pavio super curto, tava me dizendo para mandar minha mãe calar a boca, ou algo assim, quando Irwin, que havia chegado perto de Harrington e da tela das câmeras, deu um pulo para trás.
Outra sombra apareceu! Agora havia duas silhuetas lá fora.
Aquilo era insano pra gente! O pessoal da sonda Aurora ainda estava longe. Dalby tava sem oxigênio havia horas, e Marko havia meses. Mas não havia ninguém mais em Marte que pudesse estar lá fora, naquele momento! Ficamos como que paralisados, vendo as sombras bruxuleando, distorcidas pela areia, não nos mexemos mesmo quando essas sombras começaram a vir na nossa direção.
Brunel quebrou o silêncio, mandando Harrington enviar a mensagem para o Controle da Missão na Terra, e que ele entrasse em contato com a sonda Aurora. Neste instante percebi pelo canto de olho que a sonda Aurora estava manobrando para entrar em órbita. Foi a nossa última transmissão para vocês na Terra, antes desta aqui, vocês devem ter recebido uns oito minutos depois que Harrington enviou. Os visitantes levaram uns cinco minutos para chegar à nossa eclusa de ar. Um momento antes deles chegarem, quando Kim percebeu a trajetória e resmungou que eles estavam vindo direto pras eclusas de ar, eu agarrei o Comandante e disse que o que tava lá fora sabia os códigos de emergência, que mesmo que nós lacrássemos a comporta, eles iam conseguir entrar!
CONTINUA… Parte 2.
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“Devemos renunciar ao nosso ceticismo apenas em face de evidências sólidas. A ciência exige uma tolerância à ambiguidade. Onde somos ignorantes, recusamos ceder à crença. Qualquer que seja o aborrecimento que a incerteza gera, serve a um propósito maior: nos leva a acumular dados melhores. Essa atitude é a diferença entre ciência e tantas outras coisas. A ciência oferece pouco em termos de emoções baratas. Os padrões de evidência são rigorosos. Mas, quando seguidos, permitem que enxerguemos longe, iluminando até uma grande escuridão. ” _ Carl Sagan, Pálido Ponto Azul, 1994.
“We must surrender our skepticism only in the face of rock-solid evidence. Science demands a tolerance for ambiguity. Where we are ignorant, we withhold belief. Whatever annoyance the uncertainty engenders serves a higher purpose: It drives us to accumulate better data. This attitude is the difference between science and so much else. Science offers little in the way of cheap thrills. The standards of evidence are strict. But when followed they allow us to see far, illuminating even a great darkness.”
—Carl Sagan, Pale Blue Dot, 1994
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Publicação compartilhada pela Autora Bárbara Gouvêa / @barbaragouveaescritora em 11 de Jun, 2020 às 4:01 PDT
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general relativity for babies
Concatenar uma série tão longa e detalhada, cuja ideia é construir uma Space Opera com dinâmica de ação, extrapolando o mínimo possível ciência e tecnologia do Sci-Fi Hard é tremendo desafio. Mas não basta ir ao espaço e se aventurar em fugas e escaramuças, tem que mergulhar no Novum e no que se aproxima o mais possível do Alienigena, desaguando naquela extraordinária sensação de estar de fato diante de cultura, artefatos e constructos mentais feitos por um alguém sim, mas cuja ancestralidade e a mente absolutamente nada tem a ver com o planeta Terra.
Conheça: https://wagnerrms.com/c7i
Apareceu primeiro no: Instagram
#Repost @fraternidadedeescritores . 《A Terra Estranha》 . Para que a humanidade abandone sua infância, nestes tempos em que o obscurantismo ameaça nosso futuro, é preciso menos muros e mais pontes que conectem pessoas com pensamentos e vidas distintas em um único sentimento de união. Munido de empatia, você sente o lado da outra pessoa e constrói dali para si o caminho de paz e convivência produtiva. Vejamos: . Nascido em 07/06/1907, em uma família que se gabava de ter participado de todas as guerras dos EUA, desde a independência. Lutou para entrar para a marinha, graduando-se engenheiro. Lotado no porta-aviões USS Lexington, foi um dos 1ºs especialistas em radiocomunicações. Após dois enlaces frustrados, casou-se com Virginia Gerstenfeld, com quem viveu até o fim da vida. Contraiu tuberculose e foi reformado pela marinha. Após muitas tentativas de recolocação profissional, começou a escrever para pagar sua hipoteca. . Foi o 1º autor de ficção científica a sair do gueto das revistas Pulp, abrindo caminho para o gênero ser levado mais a sério. Acreditava que não se pode escrever FC sem base na ciência assim como é impossível escrever um romance histórico sem conhecimentos de história. Criou o termo Ficção Especulativa e o fascinante conceito O Mundo Como Mito, onde a ficção é real. Estende sua influência literária até hoje. Até Mechas nipônicos têm raízes nos trajes blindados das Tropas Estelares do autor. Ele foi uma dos Três Grandes da FC em inglês, ao lado de Clarke e Asimov. . Rejeitava explicitamente o racismo. Criava personagens femininas competentemente técnicas, embora muitas vezes estereotipadas. . Foi acusado de apologia ao militarismo e à guerra, até de fascista ao descrever futuros onde a sociedade funcionaria (bem) sob regimes essencialmente militares. Defendia a liberdade sexual e a eliminação do ciúme sexual, o individualismo e o nudismo. Apoiava testes nucleares norte-americanos, ao passo que era descrito como exemplo de generosidade. . E aí, quantas pontes existem entre você e Robert A. Heinlein? . Algumas obras: Um Estranho em uma Terra Estranha, Tropas Estelares Por Wagner RMS . #fraternidadeescritores #RobertAHeilein #sci-fi #WagnerRMS https://www.instagram.com/p/CLL66ZzjWbc/?igshid=o48ooaxf3vs4
Mais uma degustação de um livro em andamento, desta vez o Livro Zero, marco inicial da minha série Código 7 Infinidade. Para aqueles que curtem uma cientificamente bem embasada (ao menos me esforcei para isso) e dinâmica "space opera", com certo tempero de fantasia paranormal (mas que no decorrer da série se descobre não ser tão surreal assim), então este é um convite para você embarcar comigo em uma jornada eletrizante pelo Universo! Venha:
"Sabíamos que o mundo não mais seria o mesmo. Algumas pessoas riram, algumas pessoas choraram, a maioria ficou em silêncio. Recordei-me de uma passagem das escrituras hindus, o Bhagavad-Gita. Vishnu está a tentar persuadir Arjuna de que deve fazer o seu dever, e para o impressionar assume a sua forma de quatro braços e diz, 'Eu tornei-me a Morte, o destruidor de mundos.' Suponho que todos nós pensamos isso, de uma maneira ou de outra." — Robert Oppenheimer (Sobre a experiência "Trinity", o primeiro teste nuclear da História).
O Vigilante do Abismo
[MENSAGEM DE RÁDIO INICIADA - ONLINE]
18/Dez/2.143 : 23:15 Hora Padrão :
Missão: 01387 – Nave de Pesquisa e Resgate ESA VTX 71 Jacques-Yves Cousteau – Órbita de Júpiter.
Objetivo: localizar e, se necessário, abordar veículo sem registro oficial, que emite sinal de uma posição extremamente baixa na órbita de Júpiter.
Tripulação: Primeira Comandante Valkiria Valentina Cristoforetti, Segundo Comandante Coronel Marcus Alexander Stone, Piloto Tenente-Coronel Vladimir Vladimirovitch Plushenko, Engenheiro de Voo Trajano Stone Cristoforetti, Especialista de Missão (Logística, Exploração e Resgate) Major Sylvia McNamara, Especialista de Missão (Médica e Engenheira de Software) Doutora Jussara Maria Müller.
Situação Atual: em contato com o objeto estacionado na alta atmosfera do planeta Júpiter, ponto onde foi identificada a origem do sinal não reconhecido, recebido seis semanas atrás. Emitindo relatório em retrospecto mais o status atual da missão, pela Comandante Cristoforetti, a seguir.
Assinatura Criptográfica: Mensagem Oficial - Secreta - Emergência - CEI - W897234784329HEIU34309 - Sub-rotina IA de Acompanhamento Laterza-Orwell.
Segue Mensagem de Áudio: Há seis semanas o Consórcio Espacial Internacional, através das antenas do Cinturão de Asteroides pertencentes à Companhia Mineradora Himmels Polizei Adventures, começou a receber um sinal, provavelmente um radiofarol-de-emergência, de um veículo não registrado, posicionado em órbita extremamente baixa de Júpiter. A Cousteau foi imediatamente deslocada para prestar socorro, mas mesmo sendo os mais próximos, chegamos aqui apenas há cinco dias. O que encontramos foi perturbador. A fonte do sinal, uma imensa estrutura, está no centro do Olho de Júpiter, acessível através de um canal de calmaria no vasto furacão que, nós acreditamos, é gerado e mantido pela própria estrutura. Não pudemos compreender de onde ela veio, nem como se instalou. Cogitamos algumas teorias, e uma delas, baseada no contato sensorial inexplicável entre esse lugar e o Coronel Stone quando da segunda abordagem, feita ontem, é de que o Vigilante do Abismo, codinome que demos a esta estrutura... Sempre esteve lá... Desde os primórdios do nosso Sistema Solar. O sinal que captamos parece estar programado para se repetir a cada... Um milhão de anos, é nossa estimativa... Não compreendemos como a estrutura se mantém, mas há um ar de deterioração aqui, sem dúvida, apesar da presença de inúmeros autômatos de formas as mais estranhas, muitos dos quais parecem fazer a manutenção do lugar. Outra informação importante, os instrumentos de bordo do Vigilante parecem indicar, graficamente, que um outro sinal precedeu o radiofarol que captamos, e este sinal é disparado para fora do Sistema Solar. Nossas sondas automáticas confirmaram que este gigantesco aparelho gera, lá embaixo, na sua base, uma espécie de portal dimensional que permite viagens interestelares, pois as sondas voltaram com fotos de constelações cujas análises de paralaxe (1) indicam uma alteração de perspectiva de vários anos-luz... Atenção, aguardem, o portal estelar de Júpiter está se abrindo novamente, se expandindo, mas que...
[MENSAGEM DE RÁDIO INTERROMPIDA - ENDOFLINE]
Um Pai de Verdade
Quarenta e oito dias depois do encontro com o portal estelar do Vigilante do Abismo, o corpo do Coronel Marcus Alexander Stone estava prestes a se dilacerar, e ele sentia cada fibra de seus músculos estendida ao máximo, prestes a romper.
Certamente seu traje pressurizado se romperia antes, mas não tinha como fazer outra coisa, então Marcus rilhava os dentes, respirando entre eles, gotas de saliva respingando na parte de dentro do seu capacete, enquanto com a mão esquerda o homem se agarrava ao batente de uma das escotilhas da Cousteau, que flutuava e se despedaçava em órbita daquele moribundo planeta alienígena. Com a outra mão Stone segurava as mãos do rapaz que se debatia no vácuo, sendo sugado pela exótica força de convecção do portal estelar que o próprio jovem havia aberto, que sugava átomo a átomo das proximidades, arremessando-os para longe, para evitar que o monstro gigantesco e hediondo que estava se materializando através do portal se solidificasse em torno de outros corpos. Não havia como ambos os homens, o mais velho e o mais jovem, saírem vivos dali. Mas também não havia como Marcus ordenar que seu coração e seus músculos largassem seu filho, não tinha como abandonar Trajano! Não podia! Seu filho! O destruidor de mundos, o conjurador do monstro ancestral e assassino que chegava através do portal estelar, e que seria o flagelo de bilhões de vidas no planeta verdejante lá embaixo! Ainda assim um pai, um pai de verdade, não pode, não consegue soltar a mão de um filho que espuma, insano, raivoso, feroz, mas que ainda é seu filho.
— Trajano! — Vociferou em desespero Marcus Stone, pelo rádio. — Filho! Para isso! Para!
— Vão morrer, pai! — Urrou o jovem de volta. — Todos esses monstros vão morrer!
Repleto de Vida
Muito antes deste momento derradeiro de pai e filho, aos seis minutos, vinte e três segundos, e oito décimos depois do encontro com o portal estelar do Vigilante do Abismo, os alarmes de bordo dispararam em uníssono, e ecoaram por toda a nave, pois por uma fração de segundo seus sensores ativos indicaram que tudo na ESA VTX 71 Jacques-Yves Cousteau parou de funcionar. Foi somente por um instante, mas os alarmes não queriam saber, e berravam insistentes. O mesmo processo, ocorrido quando a nave atravessou o portal estelar de Júpiter, teve o efeito, sobre os nervos dos tripulantes, de um breve mas excruciante momento de dor.
— O quê?! O quê foi!!!... O que foi isso?? — Balbuciava, desorientada mas se esforçando para ficar em pé, Sylvia McNamara, a jovem e normalmente radiante especialista em resgates no vácuo. Seus longos e lisos cabelos castanhos estavam um tanto desgrenhados, e sua face de pele clara estava ainda mais pálida. Ela já salvara vidas inúmeras vezes em gravidade zero, e se orgulhava de nunca ter passado mal e sempre ter mantido o controle sob quaisquer que fossem as forças centrífugas, mas naquele instante a sala de comando da Cousteau girava loucamente. E, pelo espetáculo que podia ser visto através do grande monitor panorâmico frontal, isso ocorria literalmente, pois um campo de estrelas girava, alternando com a superfície verdejante de um planeta, e de volta às estrelas, sem parar. Sylvia teve que se conter para não pôr tudo do estômago para fora, virando o rosto para não mais ver o monitor.
— Todos estavam a bordo? Todo mundo a bordo? — Perguntava sem parar a Comandante Cristoforetti, falando a um minúsculo microfone cuja haste se estendia de um auricular posicionado em sua orelha direita. Ela estava sentada e presa pelos cintos de segurança em sua cadeira na sala de comando. — Plushenko! Plushenko! Perdemos estabilidade!
— Estou a caminho! — Veio a voz, decidida e firme, do piloto pelo sistema de comunicação, cujo tom indicava que ele estava correndo o melhor que podia em gravidade zero.
Por toda a cabine de comando objetos soltos flutuavam, ricocheteando de quando em vez, ou nas mulheres ou nas paredes e instrumentos.
— Sylvia! — Chamou a Comandante. — Tudo bem?
— Sim, comandante. — Disse McNamara, forçando um amplo sorriso para tranquilizar a outra, assim que entrou no campo de visão de Cristoforetti, cuja cadeira a mantinha apontada para a proa da nave, onde estava o monitor panorâmico. — Só com diversos arranhões, e os que doem mais estão no orgulho! Eu estava sem os cintos.
— Syl, por favor veja o que houve com o cilindro.
McNamara já havia se adiantado, eficiente como sempre, e, verificando um determinado painel, respondeu quase de pronto:
— Está reiniciando, desarmou. Assim que restabelecermos o momentum (2) da nave, a gravidade simulada deve voltar.
Valkiria Valentina Cristoforetti, com sua testa morena enrugada de tensão contida, e com seus grandes olhos escuros arregalados de atenção, mexia nos controles direcionais da Cousteau, tentando adiantar o serviço do piloto, e repetia no microfone:
— Todo mundo a bordo? Reportem! Todos a bordo? Ninguém em extra-veicular, pelo amor de Deus? Parece que mudamos de posição no espaço, não vejo o Vigilante... Nem... Júpiter...
O primeiro a chegar foi Vladimir Vladimirovitch Plushenko, que saltou para a cadeira do piloto como quem veste a melhor e mais querida roupa. Enquanto Trajano, Stone e Jussara se juntavam à eles, Vladimir conseguiu, aos poucos, reequilibrar a nave, usando com extrema perícia os jatos de manobra para ir influenciando o giro da Cousteau, até estabilizá-la. Instantes depois disso um solavanco indicou que o cilindro rotatório, que simulava por força centrífuga a gravidade, estava voltando a funcionar, e dez minutos depois todos conseguiam andar e se mover normalmente de novo.
— Muito bem, piloto. Agora vamos restaurar todos os sistemas! — Ordenou a comandante.
Trabalhavam juntos naquela nave há quase três anos. Eram uma família, e também eram como soldados muito bem treinados, pois no vazio do espaço, se um não cuida do outro, e se não são capazes de trabalhar com afinco e precisão sob quaisquer circunstâncias, as pessoas não sobrevivem muito tempo. Passaram então a hora seguinte verificando e desarmando um a um os alarmes que haviam sido disparados, de modo a terem certeza da integridade do seu pequenino mundo chamado Cousteau. Quando finalmente tudo havia voltado a relativa normalidade, e Jussara havia atestado que todos estavam de fato bem, sem ferimentos graves ou concussões, eles todos se acumularam diante do monitor panorâmico frontal da Cousteau, e olharam, fascinados, um planeta cheio de vida, coberto por amplas florestas, e grandes trechos de água, e que, visivelmente, não era a Terra.
Perigeu
Um dia, dezesseis horas e vinte e nove minutos depois do encontro com o portal estelar do Vigilante do Abismo, os alarmes de colisão da nave terrestre disparavam.
Estavam sobrevoando o planeta de uma longa órbita desde que chegaram, captando amplo escape de sinais de rádio vindos de terra, no entanto nada era passível de ser compreendido, embora as VRPs (3) de bordo não tenham parado de trabalhar um segundo em cima desses dados, e já tivessem conseguido identificar que eram sinais digitais, em essência parecidos com os nossos, o conteúdo em si ainda era ininteligível. Diversos artefatos em órbita, alguns até maiores que a Cousteau, emanando e refletindo esses sinais, indicavam uma civilização tecnológica. Mas os telescópios, mesmo os de mais longo alcance, não mostravam na superfície do planeta grandes cidades ou estruturas viárias. Nada, a não ser vestígios muito pouco nítidos do estruturas que poderiam ser pequenas aglomerações de casas ou construções de algum tipo, como pequeninas aldeias. Quando muito alguns pratos de antenas, parecidas com radiotelescópios (4) de porte médio, apareciam em montanhas que emergiam, aqui e ali, em meio a exuberante selva que cobria aquele belo e exótico mundo.
Havia ficado mais que evidente que estavam num outro sistema solar, visto que o planeta verdejante ali embaixo não poderia existir em lugar algum das cercanias da Terra, e que suas observações astronômicas não identificaram nenhuma constelação conhecida, mas mostraram que apesar de parecida, a estrela que orbitavam não era espectralmente (5) idêntica ao nosso Sol, e tudo indicava ser cercada por seis planetas. A Cousteau estava orbitando o quarto, que era cercado por sua vez por três luas, cada uma com cerca de um terço até a metade do tamanho da Lua da Terra.
Visto então que não havia para onde recuar, e que seus suprimentos vitais não durariam para sempre, e estavam mesmo chegando ao limite mínimo, por mais que estivessem bastante nervosos com a possibilidade de um primeiro contato com alienígenas, todos resolveram, após uma tensa reunião onde a Comandante quis a opinião de cada um dos tripulantes, se aproximar mais, entrando numa órbita elíptica tal que os levaria a, no ponto mais próximo ao planeta, passar pouco acima dos satélites artificiais daquele mundo. Faltavam algumas dezenas de quilômetros para atingirem esse ponto de máxima proximidade, e estavam todos com trajes pressurizados mas não lacrados, rostos à mostra, e a postos. Valkíria, Plushenko, Stone e Sylvia na cabine de comando, os outros no observatório a meia nau, prontos para sobrevoar, analisar, filmar e fotografar o novo mundo e seus satélites, quando o alarme de colisão começou a tocar! A voz monótona de uma das VRPs não autoconsciente dizendo sem parar, até ser desligada, "Colisão! Alerta! Colisão! Tomar medidas evasivas! Colisão! Alerta!".
— O que é, Vladimir? — quis saber a Comandante Valkíria, de sua cadeira no centro da cabine, e sabendo que o alarme só dispararia no caso de uma iminente catástrofe. Algo grande estava vindo.
— Não é visível ainda, e meus sensores não identificam nenhum radiofarol.
— Sylvia?
— O radar de proa disparou o alarme. Ele indica que algo vem da superfície em alta velocidade, — Respondeu prontamente McNamara — e está em trajetória balística de interceptação, deve nos atingir em cheio no nosso perigeu (6). Míssil? Outro ônibus espacial deles por acaso em nossa trajetória?
— Piloto.
— Alterando a rota. Recalculando trajetória… — Vladimir Vladimirovitch levantava as espessas e escuras sobrancelhas, e como sempre, ficou com o rosto pálido ligeiramente ruborizado quando se concentrava no monitor do seu computador — Sylvia, me passa as atuais posições dos satélites artificiais. Não posso desviar de uma coisa e esbarrar em outra.
— Feito.
— Pronto, vamos passar a cerca de vinte quilômetros do tal míssil. — afirmou o piloto, enquanto todos ouviam o rumor dos propulsores de manobra alterando o curso da nave.
— Não vamos não, — retorquiu McNamara — o míssil alterou a rota também, e voltou a mirar em nós. Colisão em doze minutos, trinta e três segundos e seis décimos.
— Equipe do observatório. — Chamou o Segundo Comandante Marcus Stone, pelo intercomunicador — Alguém conseguiu definir o que é isso que vem em nossa direção?
— Algum tipo de foguete! Tem a forma de um grande míssil mesmo. — Respondeu Trajano de volta. — Os filhos da puta estão atirando em nós!
— Piloto. — Chamou a Comandante Valkíria.
— Vou fazer o possível.
— Todos prontos para eventual colisão e despressurização! — Disse, quase gritando, Valkíria, também ao intercomunicador, para todos ouvirem.
— Vladimir, use os satélites deles de escudo! — Sugeriu Marcus. Ao que recebeu um tenso e reprovador olhar de sua esposa, a Comandante. — Prefere morrer aqui, Val?
— Não, piloto siga a ordem do Segundo Comandante!
— Sim! Desligando cilindro rotatório, assumindo controle manual total.
Quase que imediatamente, enquanto o cilindro que simulava gravidade ainda estava finalizando sua imobilização, e a tripulação mal começava a perder a sensação de peso, a nave terrestre guinou. Foguetes de manobra cuspindo fogo intensamente, seus ocupantes pressionados contra seus assentos abruptamente, e os propulsores principais incandescendo num rubro azulado radiante. Por dentro do veículo toda a sua estrutura guinchando, chegando próxima de seu ponto máximo de estresse, símbolos de alerta espocando nos painéis de controle.
— Vladimir!... Vladimir!... Vladimiiiir!... — Repetia a Comandante, sem conseguir se conter, enquanto uma das grandes estações orbitais alienígenas assomava, crescendo subitamente no monitor panorâmico frontal da cabine de comando. Nem mesmo a experiência de Valkíria, que já voava há anos com o russo temerário, lhe fez acreditar que não bateriam em cheio. Mas Vladimir Vladimirovitch Plushenko tinha poucos rivais na pilotagem. Passaram, talvez, há pouco mais de cinco metros abaixo da estação extraterrestre, chamuscando aquela estrutura com os jatos da Cousteau. Mas o visual, depois dessa manobra, não tranquilizou ninguém. A nave da Terra mergulhava, como um bólido, bem dentro do setor da órbita daquele planeta mais apinhado de satélites e de tráfego.
— Syl, e o míssil? — Quis saber Valkiria, agarrando-se a cadeira de comando, onde já estava presa por seus cintos.
— Ainda mirando em nós. Ele tem uma manobrabilidade provavelmente superior a nossa, mesmo com Vlad pilotando! Sete minutos para impacto!
— Marcus, podemos lançar algo em nosso rastro?
— Não, Comandante, essa nave não foi feita pra isso, não temos o que ejetar e se abrirmos alguma comporta explodimos. Vladimir, outra sugestão, entre naquela zona de tráfego intenso, e reduza!
— O quê?! — Disse o piloto, incrédulo no que seu Segundo Comandante lhe dizia. Vladimir podia ver o míssil agora, cada vez mais próximo.
— Não vamos escapar daquilo! — Stone gritava — Isso aqui não é um caça! Com um caça eu aposto que você escapava de um míssil, amigo, mas com isso aqui, não! Para no meio deles e reza pra eles não matarem sua própria gente!
Olhando de um homem para o outro, a Comandante suspirou, tensa, e disse:
— Cumpra, Vlad!
A Jacques-Yves Cousteau acionou com uma pequena explosão seus retrofoguetes, desacelerendo o mais rápido que pôde, por cerca de dois minutos sua tripulação foi submetida a intensa força inercial, alguns quase desmaiando. A nave terrestre mergulhou então no maior fluxo de veículos que pareciam transportar coisas ou pessoas ou ambas do solo lá embaixo para as estações orbitais, e entre estas. As navetas de transporte alienígenas, usando claramente foguetes de manobra também, se acomodaram aos poucos à presença da Cousteau, o fluxo era tão intenso ali que se saíssem muito de suas trajetórias, seria o caos. Um som melódico como um vibrante e cada vez mais intenso sino, cujos repiques aconteciam com cada vez menos tempo entre eles, plaaam, plaaam, plaaam, indicava a aproximação fatal do míssil.
— Lá vem ele. — Disse a Major Sylvia McNamara, contendo uma risadinha nervosa. Sylvia sempre tinha vontade de rir quando estava ansiosa, fazia parte de seu jeito jovial e quase sempre radiante. Apesar de amar a jovem quase como uma filha, a Comandante não conseguia evitar de se irritar com esse tique nervoso de McNamara.
O radar repicava: plaaam!... Plaaam!
— Atenção. Preparem-se para o impacto! Selem os trajes! — Ordenou Valkíria ao intercomunicador, enquanto, assim como todo resto da tripulação, fechava o visor do capacete de seu traje pressurizado, embora ele fosse fechar sozinho ao menor sinal de despressurização, e prendia o tanque de oxigenação no encaixe frontal de seu traje, para poder continuar sentada e presa em sua cadeira. — Rádios dos trajes ok?
Um a um os tripulantes confirmaram, rapidamente, que estavam com trajes fechados e que, portanto, estavam ouvindo por seus rádios individuais a voz da Primeira Comandante. Todos em contato.
Plaaam!... Plaaam! Plaaam!
— O diabo do míssil é enorme… — Sussurou Sylvia, mas todos, evidentemente, puderam ouvir. Percebendo isso ela completou: — É quase o triplo da Cousteau. Nuclear?
Plaaam! Plaaam! Plaaam! Plaaam!
Evidentemente, nos últimos instantes, Vladimir Vladimirovitch girou a nave, numa tentativa de minimizar a área de impacto e os danos, deixando os tanques de combustível no ventre da nave do outro lado, e inclinando a forte blindagem dorsal dos motores contra o míssil.
PlaaamPlaaamPlaaamPlaaamPlaaam!
— Não vão parar… Tem um monte de gente deles em torno de nós, e eles não vão parar... — Disse o piloto enquanto fazia a manobra. A tela panorâmica da ponte de comando ainda mostrando a visão da câmera externa na direção de onde vinha o míssil, um monstro cavalgando chamas intensamente rubras, como alguma máquina apocalíptica medonha que se agigantava, agigantava, agigantava, um pequeno sol prestes a surgir na órbita daquele planeta, nada poderia impedir isso.
A comandante fechou os olhos, dolorosamente impotente. Sylvia ria baixinho, em algum lugar. Plushenko murmurava algo em russo. Stone jazia em profundo silêncio. Lá do observatório, era chegada também a hora em que nada mais soava tolo, e Jussara disse que sentiria falta de todos e Trajano gritou algo sobre amar.
Plaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaammmmmmmmm!!! Valkíria esticou a mão e agarrou a de Marcus. E foram todos engolidos por um imenso clarão na silenciosa e fantasmagórica explosão no espaço.
CONTINUA...
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Notas de Rodapé:
(1) Paralaxe: é utilizada, na astronomia, para definir a diferença na posição aparente de um objeto visto por observadores que se encontram em locais diferenciados. A palavra Paralaxe tem sua origem no idioma grego e significa alteração. Na astronomia, o termo corresponde à alteração da posição angular que ocorre entre dois pontos estacionários relativos quando vistos por um observador em movimento. Isto significa que ocorre uma aparente alteração em relação à posição de um objeto quando um observador varia o fundo de observação. Uma utilização prática da Paralaxe na astronomia é referente ao cálculo feito para medir a distância das estrelas tendo como base o movimento da Terra em sua órbita, é a chamada paralaxe estrelar. Já a paralaxe anual tem sua definição a partir da diferença de posição de uma estrela vista a partir do Sol e a partir da Terra. É importante para os cálculos que determinam distância em anos-luz. Calcula-se então o parsec que corresponde à distância para a qual a paralaxe anual é de um segundo de arco, também chamado arcseg. Cada parsec equivale a 3,6 anos-luz. É importante destacar que não é possível ver uma estrela a partir do Sol, em função disso, a observação é feita a partir de dois pontos opostos da órbita do planeta Terra e o resultado obtido é dividido por dois. A distância que um objeto possui em parsecs pode ser calculada do inverso de sua paralaxe. O resultado da paralaxe é obtido através da divisão da unidade astronômica, que corresponde à distância média da Terra ao Sol, pela distância até a estrela desejada. O valor encontrado é multiplicado por 180 e pelo resultado da divisão de 3600 por PI. O resultado dessa conta é dado em arcseg. (Dicionário Informal: http://www.dicionarioinformal.com.br/paralaxe/)
(2) Momentum: Em Física significa o produto da massa pela velocidade do corpo; impulso; quantidade de movimento. Também significa força, ímpeto, pique. (Dicionário Informal: http://www.dicionarioinformal.com.br/momentum/)
(3) VRP (Virtual Reality People): Toda e qualquer Inteligência Artificial (I.A.), pois todas são baseadas em um mesmo sistema algorítmico, conhecido como Vínculo Matriz-Conceito de Maia (Maia - 2010), ou Algoritmo de Maia. Uma VRP é uma "pessoa sintética", que pode ter as mesmas capacidades intelectuais de um humano, ou ser muito superior, intelectualmente, a este. Uma VRP ainda pode existir somente como um software dentro da VRnet, ou ter toda uma estrutura de hardware, que pode ser um poderoso computador quântico ou um optoeletrônico EpChip (encefaloprocessadores Matriciais). Por força de Lei Constitucional Mundial, toda VRP deve ter seus algoritmos (o essencial Algoritmo de Maia e todos os paralelos) dependentes do Algoritmo Ozimov, que é uma técnica que consiste em um algoritmo de aprendizagem de máquina, cuja função abstracional está focada na identificação de contexto de situações decisórias da Inteligência Artificial na qual está implantado, sopesando tais decisões de acordo com três critérios a saber: quanto bem causa, quanto mal causa, e quanta justiça gera. Como os instintos mais básicos e inescapáveis do ser humano, numa VRP o Algoritmo Ozimov está na raiz de cada decisão e recorre a um banco de dados de situações éticas básico mas amplo, que, no entanto, vai crescendo de acordo com a vivência da máquina. Ou seja, a máquina não toma nenhuma atitude sem que esta passe primeiro pelo Algoritmo Ozimov (isso está garantido tanto por estruturas de software quando de hardware dedicado ou não, e está previsto em cláusula da Constituição Mundial como de uso obrigatório, sendo crime gravíssimo a fabricação de robôs sem essa salva-guarda. Vale notar que, não raro, a Agência Código 7 usa VRPs de vários tipos, de robôs a softwares, sem ou com uma versão o Algoritmo Ozimov modificada, que permite, por exemplo, que seus robôs de segurança portem armas mortais e façam uso delas), e quanto mais atitudes éticas a máquina sopesa e compreende, mais refinado fica o algoritmo. O nome do algoritmo é a pronúncia do sobrenome em russo do bioquímico e escritor de ficção científica Isaac Asimov [WikiPédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Isaac_Asimov], criador de contos e romances protagonizados por robôs que seguiam fundamentalmente as Leis da Robótica [WikiPédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_da_Rob%C3%B3tica], de sua autoria e que serviram de inspiração para toda uma vertente da engenharia robótica voltada a criação de Inteligências Artificiais dotadas de comportamento ético, culminando no pequeno e rudimentar robô chamado de Nao, da Aldebaran Robotics (http://www.aldebaran-robotics.com/), no ano de 2010, que foi a primeira máquina dotada de princípios éticos [Revista Scientific American Brasil, Ano 8, Número 102, Novembro de 2010], e, em meados do século seguinte, na criação e aprimoramento do Algoritmo Ozimov e de sua técnica de aplicação.
(4) Radiotelescópio: Constrastando com um telescópio óptico, que produz imagens a partir da luz visível, um radiotelescópio observa as ondas de rádio emitidas por fontes de rádio, normalmente através de uma ou um conjunto de antenas parabólicas de grandes dimensões.(Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Radiotelesc%C3%B3pio)
(5) Espectroscopia Astronômica: é a técnica de espectroscopia usada na astronomia. O objeto de estudo é o espectro de radiação eletromagnética, incluindo luz visível, que irradia de estrelas e outros corpos celestes. Espectroscopia pode ser usada para determinar muitas propriedades de estrelas distantes e galáxias, como suas composições químicas. (Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Espectroscopia_astron%C3%B4mica)
(6) Perigeu: (Astronomia) ponto da órbita de um astro ou satélite em torno da Terra, no qual ele se encontra mais próximo de nosso planeta. (Wikidicionário: http://pt.wiktionary.org/wiki/perigeu)
Assino embaixo. __________ #esperança #venceremosocoronavirus #coronavirus #covıd19 #WagnerRMS https://www.instagram.com/p/B9-NiMojSOa/?igshid=1ce0vy8bt042c