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vocĂȘ merece alguĂ©m assim
NĂŁo ando na rua com medo, ou pelo menos tento nĂŁo caminhar assim.
Minha cabeça se ocupa de sonhos e ideias e não sobra tempo pra pensar na maldade que os seres humanos carregam.
Minha mente inquieta nĂŁo me deixa sobrar tempo pra pensar assim.
O ser humano Ă© bom, ele nasce bom... eu acredito nisso.
Somos educados desde cedo para estereotipar outros seres humanos...
A roupa, o caminhar, o jeito de falar, as marcas no corpo... tudo Ă© motivo para ter medo...
- VĂŁo nos assaltar...
NĂŁo.
Me recuso a pensar assim.
E se o fazem, a raiz do problema na maioria das vezes nĂŁo Ă© o simples querer.
MĂŁe! eu volto a te ver na antiga sala onde uma noite te deixei sem fala dizendo adeus como quem vai morrer. E me viste sumir pela neblina, porque a sina das mĂŁes Ă© esta sina: amar, cuidar, criar, depois... perder.
Perder o filho Ă© como achar a morte. Perder o filho quando, grande e forte, jĂĄ podia amparĂĄ-la e compensĂĄ-la. Mas nesse instante uma mulher bonita, sorrindo, o rouba, e a velha mĂŁe aflita ainda se volta para abençoĂĄ-la Assim parti, e nos abençoaste. Fui esquecer o bem que me ensinaste, fui para o mundo me deseducar. E tu ficaste num silĂȘncio frio, olhando o leito que eu deixei vazio, cantando uma cantiga de ninar. Hoje volto coberto de poeira e te encontro quietinha na cadeira, a cabeça pendida sobre o peito. Quero beijar-te a fronte, e nĂŁo me atrevo. Quero acordar-te, mas nĂŁo sei se devo, nĂŁo sinto que me caiba este direito. O direito de dar-te este desgosto, de te mostrar nas rugas do meu rosto toda a misĂ©ria que me aconteceu. E quando vires a expressĂŁo horrĂvel da minha mĂĄscara irreconhecĂvel, minha voz rouca murmurar: ''Sou eu!" Eu bebi na taberna dos cretinos, eu brandi o punhal dos assassinos, eu andei pelo braço dos canalhas. Eu fui jogral em todas as comĂ©dias, eu fui vilĂŁo em todas as tragĂ©dias, eu fui covarde em todas as batalhas. Eu te esqueci: as mĂŁes sĂŁo esquecidas. Vivi a vida, vivi muitas vidas, e sĂł agora, quando chego ao fim, traĂdo pela Ășltima esperança, e sĂł agora quando a dor me alcança lembro quem nunca se esqueceu de mim. NĂŁo! Eu devo voltar, ser esquecido. Mas que foi? De repente ouço um ruĂdo; a cadeira rangeu; Ă© tarde agora! Minha mĂŁe se levanta abrindo os braços e, me envolvendo num milhĂŁo de abraços, rendendo graças, diz: "Meu filho!", e chora. E chora e treme como fala e ri, e parece que Deus entrou aqui, em vez de o Ășltimo dos condenados. E o seu pranto rolando em minha face quase Ă© como se o CĂ©u me perdoasse, me limpasse de todos os pecados. MĂŁe! Nos teus braços eu me transfiguro. Lembro que fui criança, que fui puro. Sim, tenho mĂŁe! E esta ventura Ă© tanta que eu compreendo o que significa: o filho Ă© pobre, mas a mĂŁe Ă© rica! O filho Ă© homem, mas a mĂŁe Ă© santa! Santa que eu fiz envelhecer sofrendo, mas que me beija como agradecendo toda a dor que por mim lhe foi causada. Dos mundos onde andei nada te trouxe, mas tu me olhas num olhar tĂŁo doce que, nada tendo, nĂŁo te falta nada. Dia das MĂŁes! Ă o dia da bondade maior que todo o mal da humanidade purificada num amor fecundo. Por mais que o homem seja um mesquinho, enquanto a MĂŁe cantar junto a um bercinho cantarĂĄ a esperança para o mundo!
Giuseppe Ghiaroni
" Sunflowers Sunset đ»" // © Samuelandscape
Music: © ReinĂșr Selson, himood - Time Flies
(via 224e4d8491e5a3cc5d6a0db4d096a03a.jpg (736Ă981))
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrårio os honestos, simpåticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor nĂŁo Ă© chegado a fazer contas, nĂŁo obedece Ă razĂŁo.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe då, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
VocĂȘ ama aquela petulante. VocĂȘ escreveu dĂșzias de cartas que ela nĂŁo respondeu, vocĂȘ deu flores que ela deixou a seco.
     VocĂȘ gosta de rock e ela de chorinho, vocĂȘ gosta de praia e ela tem alergia a sol, vocĂȘ abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no Ăłdio vocĂȘs combinam. EntĂŁo?
EntĂŁo, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela Ă© mais viciante do que LSD, vocĂȘ adora brigar com ela e ela adora implicar com vocĂȘ. Isso tem nome.
VocĂȘ ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e nĂŁo liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armĂĄrio. Ele nĂŁo emplaca uma semana nos empregos, estĂĄ sempre duro, e Ă© meio galinha. Ele nĂŁo tem a menor vocação para prĂncipe encantado e ainda assim vocĂȘ nĂŁo consegue despachĂĄ-lo. Quando a mĂŁo dele toca na sua nuca, vocĂȘ derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que vocĂȘ nĂŁo ama este cara?
NĂŁo pergunte pra mim;
VocĂȘ Ă© inteligente. LĂȘ livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmĂŁos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comĂ©dia romĂąntica tambĂ©m tem seu valor. Ă bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de mĂșsica, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto Ă© imbatĂvel. VocĂȘ tem bom humor, nĂŁo pega no pĂ© de ninguĂ©m e adora sexo.
Com um currĂculo desses, criatura, por que estĂĄ sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa.
Quem dera o amor nĂŁo fosse um sentimento, mas uma equação matemĂĄtica: "Eu linda + VocĂȘ inteligente = Dois Apaixonados"
NĂŁo funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC.
Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinĂvel.
Honestos existem aos milhares, generosos tĂȘm Ă s pencas, bons motoristas e bons pais de famĂlia, tĂĄ assim, Ăł!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!
Pense nisso.
Pedir Ă© a maneira mais eficaz de merecer.
Ă a contingĂȘncia maior de quem precisa.
Por Arnaldo Jabour
Brazilian Retreat, Rio de Janeiro,
Andre Mellone Interior Design,
Andrade Morettin Arquitetos
PĂOZINHO FĂCIL
Ingredientes: - 4 ovos - 1 copo de iogurte natural nĂŁo adoçado (pode ser substituĂdo por requeijĂŁo, tambĂ©m dĂĄ super certo) - sal e tempero a gosto (usei ervas finas, chimi-churri picante e alho frito) - 2 xĂcaras de aveia (pode ser em flocos, farelo ou farinha - eu usei farelo) - 1 colher de sopa de fermento - pedaços de queijo mussarela (opcional)
Preparo: Misturar bem todos os ingredientes, deixando o fermento por Ășltimo. Depois de bem misturado adicionar os cubos de queijo mussarela e mexer apenas para se misturar na massa. Levar pra assar a 200Âș C por 30 minutos (ou atĂ© perceber que espetando um palito ele saia limpo).
OBS: eu usei forma de silicone, entĂŁo nĂŁo precisei untar e enfarinhar.
Meu caos interior Ă© um movimento constante...
ExplosĂŁo de cores que se misturam em movimentos desconexos...
Mas que significam conforto.
Ă lugar onde me perco pra me encontrar...
Lugar onde sou realmente eu.
Por Tereza Cantanhede.