#TheWeeknd
O ordinário do cotidiano nos rouba o olhar sobre as belezas da vida.
Desde que nos mudamos para um bairro próximo da praia escolhemos ir e voltar do trabalho pela Avenida Litorânea a fim de contemplar o belo cenário que ela proporciona.
O mar... ah, aquele mar... (Nosso mar não é azul ou verde, mas tem sua beleza particular). A larga faixa de areia, navios no horizonte, dias de sol, dias nublados, dunas cobertas de vegetação, dias de chuva, dias de céu azul, vez ou outra – nuvens, pôr do sol, kitesurfers, caminhantes... todos os dias um cenário pleno de belezas.
Mas, quase dois anos se passaram e toda a beleza se tornou ordinária.
Os olhos que antes a enxergavam, agora apenas a veem.
O mar tornou-se apenas um mar.
Porém, vez ou outra ele se revolta e se agita reclamando a atenção que antes a ele se dedicara e, diga-se de passagem, muito merecida.
Nestes dias ele se torna extraordinário e avança como se quisesse alcançar a Avenida e seduz os olhares transeuntes com seu balé de ondas. E vence.
Nestes dias - e em dias seguintes - os olhos voltam a enxergar a plenitude da beleza escolhida para contemplar e o mar reina com toda a sua majestade até que os olhos se esvaiam novamente pelo comum.
E fica-nos o desafio cotidiano de esforçarmo-nos a não esperar para contemplar o extraordinário e dedicarmo-nos a apreciar todos os dias o implícito no ordinário, porque lá nossos olhares reencontrarão muitas belezas.
Por: Tereza Cantanhêde
(imagens: acervo pessoal)
Sim, eu sou radical no que diz respeito ao Feminino! Pra falar sobre ele com propriedade... há que SER mulher. Pra saber o que é ser mulher, não basta conviver com uma, porque isso apenas mostra COMO É ser mulher. Há que sentir as luas dentro, não apenas saber como funciona os ciclos. Há que menstruar, não apenas conhecer sobre nosso sangue. Há que Ser água, há que Ser intensa. Falar sobre o feminino pode. Dizer que conhece mais do que Nós mulheres, ai não. Um homem pode até mesmo conhecer todo o desenho do mapa do que é feminino. Mas há que ser mulher para conhecer o território. Há que se caminhar em nossos sapatos. Há que viver nossos momentos. Há que parir, ainda que a si própria. Há que viver as dores, conhecer as alegrias, saber o que é nutrir no seio sagrado de nosso corpo. Você, como homem pode conhecer o desenho, mas quem os cria somos nós, com os pincéis de nossos cabelos trançados. Há que trilhar o caminho de nossas rendas de amor. Há que tecer a vida suavemente com os fios da teia formada por nosso útero. Há que trocar com a terra, todos os meses, a sabedoria da vida; Há que acolher as dores alheias. Há que dançar a dança da vida com a delicadeza das pétalas de rosas. Há que se Ter útero. Há que Ser Fêmea. Há que SER MULHER.
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*Poesia de Rose Kareemi Ponce postado em 12 de dezembro de 2015 no blog Nosso Feminino Sagrado, disponível em: http://nossosagradofeminino.blogspot.com/2015/12/sim-eu-sou-radical-no-que-diz-respeito.html?spref=pi
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