O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que leem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.
Fernando Pessoa
#EUQUEFIZ - Trabalho escolar
Arara esculpida em argila e pintada com tinta guache.
Tronco confeccionado com reaproveitamento de rolo de papel, coberto com jornal e pintado com tinta guache.
O ordinário do cotidiano nos rouba o olhar sobre as belezas da vida.
Desde que nos mudamos para um bairro próximo da praia escolhemos ir e voltar do trabalho pela Avenida Litorânea a fim de contemplar o belo cenário que ela proporciona.
O mar... ah, aquele mar... (Nosso mar não é azul ou verde, mas tem sua beleza particular). A larga faixa de areia, navios no horizonte, dias de sol, dias nublados, dunas cobertas de vegetação, dias de chuva, dias de céu azul, vez ou outra – nuvens, pôr do sol, kitesurfers, caminhantes... todos os dias um cenário pleno de belezas.
Mas, quase dois anos se passaram e toda a beleza se tornou ordinária.
Os olhos que antes a enxergavam, agora apenas a veem.
O mar tornou-se apenas um mar.
Porém, vez ou outra ele se revolta e se agita reclamando a atenção que antes a ele se dedicara e, diga-se de passagem, muito merecida.
Nestes dias ele se torna extraordinário e avança como se quisesse alcançar a Avenida e seduz os olhares transeuntes com seu balé de ondas. E vence.
Nestes dias - e em dias seguintes - os olhos voltam a enxergar a plenitude da beleza escolhida para contemplar e o mar reina com toda a sua majestade até que os olhos se esvaiam novamente pelo comum.
E fica-nos o desafio cotidiano de esforçarmo-nos a não esperar para contemplar o extraordinário e dedicarmo-nos a apreciar todos os dias o implícito no ordinário, porque lá nossos olhares reencontrarão muitas belezas.
Por: Tereza Cantanhêde
(imagens: acervo pessoal)
A beleza e magia das festas juninas em São Luís no Maranhão
A nobreza de nosso ato profissional está em conhecer aquela pessoa por inteiro, em conhecer a sua história, ou saber como chegou a esta situação e como é possível construir com ela formas de superação deste quadro. Se reduzirmos a nossa prática a uma resposta urgente a questão premente, retiramos dela toda sua grandeza, pois deixamos de considerar, neste sujeito, a sua dignidade humana.
Maria Lúcia Martinelli
Quando comecei a me amar de verdade, percebi que a dor e o sofrimento emocional eram apenas avisos de que eu estava vivendo o oposto da minha verdade. Hoje eu sei que isso se chama SER ACREDITÁVEL.
Quando comecei a me amar de verdade, percebi o quão doloroso pode ser quando tento forçar alguém a fazer o que eu quero, mesmo sabendo que não é o momento certo e a pessoa não está pronta para isso, mesmo quando essa pessoa está EU. Hoje chamo isso de RESPEITO.
Quando comecei a me amar de verdade, parei de almejar uma vida diferente e pude ver que tudo ao meu redor era na verdade um convite para crescer e me desenvolver. Hoje, chamo isso de MATURIDADE.
Quando comecei a me amar de verdade, percebi que em qualquer circunstância estou sempre no lugar certo, na hora certa e que tudo acontece exatamente no momento certo. Então eu poderia ficar calmo. Hoje, chamo isso de AUTOCONFIANÇA.
Quando comecei a me amar de verdade, parei de roubar tempo para mim e parei de fazer projetos grandiosos para o futuro. Hoje só faço o que me traz alegria e felicidade. Faço coisas que amo fazer e que me alegram o coração e faço do meu jeito e no meu ritmo. Hoje sei que isso se chama SIMPLICIDADE.
Quando comecei a me amar de verdade, me livrei de tudo que não era saudável para mim: comida, pessoas, coisas, situações e tudo mais que me puxava para baixo e para longe de mim. A princípio chamei de "egoísmo saudável", mas hoje sei que é AMOR PRÓPRIO.
Quando comecei a me amar de verdade, parei de querer ter razão o tempo todo, assim errei menos. Hoje percebi que isso se chama MODESTIA.
Quando comecei a me amar de verdade, larguei o hábito de ainda viver no passado e me preocupar com o futuro. Agora vivo apenas para este momento em que TUDO acontece. É assim que eu vivo todos os dias e chamo isso de REALIZAÇÃO.
Quando comecei a me amar de verdade, percebi que minha mente pode mexer comigo e que alguns dos meus pensamentos podem me deixar doente. Mas assim que comecei a usar meu coração, minha mente ganhou um aliado valioso. Hoje chamo essa conexão de SABEDORIA DO CORAÇÃO.
Não há necessidade de ter medo de brigas, confrontos ou quaisquer problemas, porque até as estrelas às vezes colidem e um novo mundo surge da colisão.
Hoje eu sei: ISSO SE CHAMA VIDA.
Autor: Charles Chaplin.